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O lobby dos usineiros e a histórica boa vontade dos governos com o setor sucroalcooleiro

LAURO JARDIM, O Globo
Com as quedas recentes na cotação do petróleo, o preço da gasolina na refinaria tem agora o peso de apenas 19% do valor que é cobrado na bomba, o mais baixo patamar dos últimos meses.

Para que o leitor entenda melhor, do total cobrado na bomba os impostos representam 50%; a margem de distribuidoras e revendedores, 19%; e o custo do álcool anidro, 12%.

O preço atual da gasolina na refinaria é o menor em 15 anos. Mas, como mostra o baixo percentual no preço final, a queda não chega ao consumidor.

E, se depender do setor sucroalcooleiro, a situação deve piorar. A queda na cotação do petróleo faz aumentar ainda mais a pressão dos produtores de etanol para elevar o preço da gasolina em 44%, com aumento da Cide de R$ 0,10 para R$ 0,40 por litro. O objetivo dos usineiros é tornar o etanol mais competitivo e, assim, evitar a perda de mercado para gasolina.

A histórica boa vontade governamental com o setor já permite que os sucroalcooleiros contribuam menos com a arrecadação de tributos: em 2019, a participação do etanol no consumo de combustível pelos veículos com motor de ciclo Otto (gasolina, etanol e gás natural) foi de 46%, mas o produto só contribuiu com 21% da arrecadação de impostos no segmento.
https://blogs.oglobo.globo.com/lauro-jardim/post/o-lobby-dos-usineiros-e-historica-boa-vontade-dos-governos-com-o-setor-sucroalcooleiro.html

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