Renúncia fiscal para combustível fóssil é um erro que o país já cometeu

MÍRIAM LEITÃO, O Globo
Bolsonaro tem sugerido que os estados reduzam o ICMS sobre os combustíveis para controlar o repasse das altas na cotação do barril. É um caminho errado.

A ex-presidente Dilma Rousseff fez uma renúncia fiscal no seu governo para conter o impacto na inflação, no período em que o preço do barril chegou a US$ 100. A decisão foi muito criticada porque garantiu um benefício fiscal para os combustíveis fósseis.

Não haverá uma disparada na cotação do barril, como em outras crises no Oriente Médio. Mas haverá impacto nos preços internos.

Vai haver mais tensão política no mundo, esperam os analistas. Mas não é esperada uma disparada no preço do petróleo, como houve no passado e que tanto prejudicava a economia brasileira. O preço do barril hoje está pouco abaixo dos US$ 70. E os especialistas acham que não deve ultrapassar os US$ 75. O mercado mudou. Os EUA, que eram grandes importadores, agora exportam óleo. O mundo está menos dependente do petróleo do Oriente Médio.
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