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Em 2019, preço do álcool nas bombas subiu 20% e o da gasolina, 3,8%

RAMONA ORDOÑEZ, O Globo
Reajuste da gasolina nas refinarias da Petrobras foi de 26,8%, mas queda nas vendas freou repasse para o consumidor.

RIO – O preço do etanol hidratado, o combustível automotivo, teve aumento acumulado de 20,4% no ano passado para os consumidores do Estado do Rio, bem acima da expansão da inflação que deve fechar 2019 em torno de 4%. Já o preço da gasolina subiu em média 3,8%, enquanto o reajuste médio feito pela Petrobras nas refinarias foi de 26,8%.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que a “tendência” é que o preço do combustível estabilize, após uma alta causada pelo assassinato do general iraniano Qassem Soleimani em um bombardeio americano, na última sexta-feira. De acordo com Bolsonaro, o impacto “não foi grande”.

Na semana que terminou no último dia 28 de dezembro, os preços médios do etanol hidratado no Estado eram de R$ 4,102 por litro nas bombas dos postos revendedores. Na mesma data de 2018, estavam a R$ 3,408, segundo levantamento feito por Dietmar Schupp, consultor do setor de distribuição de combustíveis.

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Os preços ao produtor do etanol hidratado tiveram alta de 20,1% em 2019, comparando a última semana em relação ao mesmo período de 2018, passando para R$ 2,002 o litro, contra R$ 1,667 anteriormente.

No ano passado, a carga tributária no etanol hidratado subiu 33% no Rio de Janeiro. Segundo o especialista, o aumento da alíquota do ICMS no Estado sobre o etanol, que passou de 25% para 32% a partir de janeiro, foi um dos fatores que pesou no forte impacto nos preços finais para os consumidores.

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Já os preços da gasolina e do diesel tiveram um aumento médio ao consumidor inferior ao reajuste de preços feito pela Petrobras em suas refinarias. Segundo o levantamento, os preços definidos pela estatal nas refinarias tiveram um aumento médio de 26,8%, passando de R$ 1,527 por litro, na última semana de dezembro de 2018, para R$ 1,937, o litro na última semana do ano passado.

Já nos postos revendedores, o aumento médio da gasolina no ano foi de 3,8%, avançando de $$ 4,812 o litro, na última semana de dezembro de 2018, para R$ 4,885, na última semana do ano passado. No caso da gasolina, o setor de revenda, distribuição e fretes teve uma redução de preços no ano de 21,2%.

No caso do diesel, o aumento ao consumidor foi de 6,3%, indo de R$ 3,508 por litro para R$ 3,730, sempre comparando valores das últimas semanas de dezembro de 2018 e de 2019. A margem da Petrobras para o combustível, no entanto, teve aumento total de 31,1% em todo o ano, enquanto as margens dos setores de revenda, distribuição e fretes, juntas, registraram uma redução de 38,8%.

A presidente do Sindcomb, sindicato que reúne os postos revendedores do Rio de Janeiro, Maria Aparecida Siuffo Schneider, explicou que os setores de revenda de combustíveis não estão conseguindo repassar os aumentos de preços das refinarias por conta da crise econômica. A queda do poder aquisitivo do consumidor resultou em queda nas vendas da ordem de 20% no ano passado.

https://oglobo.globo.com/economia/em-2019-preco-do-alcool-nas-bombas-subiu-20-o-da-gasolina-38-24173499

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