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Barrar reajustes prejudica a Petrobras e reduz interesse por refinarias

MIRIAM LEITÃO, O Globo
Deixar de reajustar o preço dos combustíveis é uma situação que não pode se manter por muito tempo. O presidente Jair Bolsonaro disse que a Petrobras não vai mexer nos preços, deixando de acompanhar as variações na cotação do petróleo. A explicação é que, depois do atentado na Arábia Saudita, há muita volatilidade. Foi o mesmo argumento usado pela presidente Dilma Rousseff. No primeiro momento, é até razoável esperar a turbulência passar. Mas no longo prazo essa política traria perdas para a Petrobras.

Diversos países já tiveram aumento nos combustíveis na segunda-feira. Nos EUA, por exemplo. No Brasil, havia até uma periodicidade para a revisão dos preços dos combustíveis, que acompanhavam a cotação internacional. Mais recentemente, isso mudou. Mas os preços vinham seguindo a cotação lá de fora.

Se a Petrobras abandona a paridade, ela acumula prejuízos. Além disso, o descolamento prejudicará um plano da companhia. A estatal pretende vender algumas refinarias. Ela quer abater dívidas e criar um mercado de refino com competição no Brasil. Mas o interesse pelos ativos vai encolher se ficar a impressão de que o preço dos combustíveis obedece à vontade do presidente da República e não às cotações internacionais.
https://blogs.oglobo.globo.com/miriam-leitao/post/barrar-reajustes-prejudica-petrobras-e-reduz-interesse-por-refinarias.html

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