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Presidente da Petrobras diz a Bolsonaro que estatal não vai mexer no preço dos combustíveis

Segundo Bolsonaro, economia brasileira ainda ‘não está no nível em que esperávamos que estivesse’

Bolsonaro ao chegar ao Alvorada nesta segunda, após a alta do hospital. Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS
Bolsonaro ao chegar ao Alvorada nesta segunda, após a alta do hospital. Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS

RIO – O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira em entrevista à TV Record que a Petrobras não vai mexer no preço dos combustíveis no país após o ataque com drones a instalações petrolíferas da Arábia Saudita no último sábado.

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– A tendência natural é seguir o preço internacional que vem da refinaria para a bomba, no final das contas. O governo federal já zerou os impostos da Cide e não podemos exigir nada de governadores no tocante ao ICMS. Conversei agora há pouco com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e, como é algo atípico, ele não deve mexer no preço do combustível – disse o presidente.

– A companhia vai aguardar a volatilidade dos preços e tomar uma decisão. A estatal tem mecanismos de proteção, com a sua política de hedge. Além disso, o preço do barril fechou a US$ 68. Por isso, não há nada que justique ainda um aumento – disse uma fonte do setor.

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Bolsonaro também mandou um recado aos caminhoneiros, mencionando o Cartão Caminhoneiro.

– Com esse cartão, lançado há poucos dias, o caminhoneiro pode chegar no posto e comprar X litros de óleo diesel, e por 30 dias esse preço estará garantido para ele.

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Mais cedo, em nota, o Ministério da Economia  disse que o governo observa com atenção os ataques com drones a instalações de petróleo da Arábia Saudita.

Uma possível alta no preço do óleo preocupa por conta da reação imprevisível dos caminhoneiros.  O governo não sabe como a categoria receberia um aumento repentino no valor do combustível e teme a “fúria” dos motoristas.

“O Ministério da Economia informa que sua equipe técnica está acompanhando os desdobramentos do ataque à refinaria de petróleo na Arábia Saudita e analisando seus impactos no mercado internacional e na economia doméstica”, afirma a nota.

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Em maio, o anúncio de que a Petrobras iria reajustar o preço do óleo diesel irritou os caminhoneiros, que ameaçaram fazer uma nova paralisação nacional. Naquela ocasião, um acordo costurado pelo Ministério da Infraestrutura estabeleceu que o custo do diesel seria repassado para a tabela do frete sempre que o combustível subir mais que 10%.

Agora, o governo conta com esse gatilho para segurar uma eventual insatisfação da categoria.

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