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Curso da ANP filma o passo a passo para a detecção de irregularidades nos combustíveis


Com o manuseio do produto feito pelo fiscal Wendel Baroni, o especialista em regulação da ANP Marcelo Silva (de jaleco azul) faz a demonstração do teste de metanol, sob o olhar atento do presidente, Manuel Fonseca, e de colaborador de posto associado

KÁTIA PERELBERG, assessora de comunicação SINDCOMB
A atenção a possíveis irregularidades na comercialização de combustíveis líquidos e de GNV mereceu destaque no treinamento ministrado pelo especialista em regulação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Marcelo Silva, na tarde desta terça-feira (7/11), no auditório do SINDCOMB.  O projeto – desenvolvido em parceria com o SINDCOMB, ANP e Sinpospetro-RJ – prevê nova etapa de filmagens, desta vez presencialmente em um posto revendedor, e uma terceira sessão, no próximo dia 5 de dezembro, no Sindicato patronal. A primeira gravação será disseminada nas mídias sociais dos agentes envolvidos como também nos demais sindicatos patronais e de trabalhadores do setor. 

Marcelo Silva orienta sobre os procedimentos a serem adotados na detecção de metanol 

ATENÇÃO AO GNV

Marcelo Silva ocupou o primeiro bloco do treinamento com o passo a passo do abastecimento seguro de Gás Natural Veicular:
– O GNV tem sido objeto de acidentes com perdas de vidas, e vocês precisam ter cautela porque podem estar colocando a sua e a vida de outros em risco. Ninguém pede que o frentista seja fiscal, mas ele deve fazer o trabalho diário de conscientização do consumidor, para a sua própria segurança e para contribuir por um mercado sadio. Da mesma forma que vocês informam ao motorista que a bomba está zerada, peçam ao cliente e passageiros que desembarquem do veículo; abram o porta-malas traseiro e jamais permaneçam atrás do veículo. São medidas fundamentais de segurança. O convencimento dos clientes pouco colaborativos deverá ser feito através da conscientização da importância desses procedimentos – ensinou. 

O diretor do Comitê Nacional do GNV, Gabriel Kropsch, que fez uma apresentação sobre os fundamentos do gás metano a convite do presidente do Sindirepa-RJ, Celso Mattos, salientou que a totalidade dos acidentes com veículos GNV resultou de instalações clandestinas:
– Frentista, caso você visualize alguma irregularidade que possa comprometer a sua segurança física, como veículo em péssimo estado de conservação ou o cilindro corroído, não abasteça e acione o gerente. Porque a totalidade dos acidentes catalogados como veículos GNV resultaram de conversões ilegais. Existe uma base de dados com o registro de veículos convertidos dados como roubados ou furtados. Fique atento e denuncie nos canais oficiais, como a ANP, e o Comitê Nacional do GNV. 


Este foi o  primeiro grupo de frentistas e de revendedores particpanter da gravação que será divulgada nas mídias sociais do SINDCOMB, do SInpospetro-RJ e da própria ANP

METANOL NÃO É VILÃO

Já o especialista em regulação da ANP relatou aos frentistas, encarregados de pista, gerentes, supervisores e revendedores presentes que o metanol tem larga escala na indústria. Refrigerantes, solventes, resinas, aditivos, perfumaria, são muitos os usos do químico que é importado legalmente, em sua totalidade. O problema, disse ele, é quando o metanol tem o uso desviado de sua função legal. – O lucro fácil obtido através do despejo direto do metanol nos tanques de etanol hidratado tem resultados perversos, que vão da cegueira nos que entram em contato direto com o produto, até a morte, por pessoas que inadvertidamente ingerem a mistura entendendo que se trata de álcool etílico. – Já detectamos posto vendendo etanol hidratado com mais de 95% de metanol – revelou o especialista.

A segunda etapa do treinamento versou sobre a detecção de metanol nos combustíveis através do uso do equipamento chamado colorímetro, em suas três etapas. A mistura foi procedida com o etanol hidratado, com a gasolina e com o óleo diesel. Uma amostra contendo propositalmente metanol, ao ser misturado ao etanol hidratado, provocou o surgimento de uma cor azulada, denunciando assim a existência da irregularidade. Segundo Marcelo Silva, os responsáveis pelo recebimento do combustível devem fazer o teste antes mesmo de despejar o produto nos tanques do posto. Caso seja descoberta a anomalia, o combustível deve ser recusado, com imediata denúncia à ANP.

O presidente do SINDCOMB, Manuel Fonseca da Costa, comemorou a parceria com a agência reguladora e os representantes dos frentistas, ao lembrar que o procedimento visa a segurança dos colaboradores, a defesa do consumidor e a manutenção de um mercado saudável. O presidente da Fenepospetro e do Sinpospetro-RJ, Eusébio Pinto Neto, exortou os trabalhadores em postos a aderirem ao projeto. “Sendo frentista ou não, este é um ato de cidadania. Todos devem aderir”.

O presidente da Fenepospetro e do Sinpospetro-RJ, Eusébio Pinto Neto, relatou que interação dos trabalhadores foi importante no curso, “com expositores de qualidade, demonstrando muito interesse nesta parceria com a ANP e o SINDCOMB. Acatamos a sugestão de primeiro momento, fizemos ofício à ANP e contatamos o SINDCOMB porque achamos que é através do conhecimento que se previne acidentes. Já temos que obedecer a várias Normas Regulamentadoras. Sabemos que a categoria é pulverizada e por isso o objetivo comum é atingir o máximo de trabalhadores possível de modo a estarmos num ambiente de trabalho saudável. Espero que a iniciativa se propague pelo país inteiro”. 

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