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SEMINÁRIO DIVULGA NOVA FÓRMULA DE EXIBIÇÃO DE PREÇO DE GNV NOS POSTOS

KÁTIA PERELBERG, assessora de comunicação do SINDCOMB
Um estudo iniciado há cinco anos pelo sindicato da Indústria de Reparação (Sindirepa), pelo Comitê Nacional do GNV e pela gerência de Petróleo e Gás da Firjan pretende eliminar o que os especialistas consideram como distorções na apresentação de preços do GNV nos postos. A nova metodologia, apresentada na tarde desta quinta-feira, 5, durante o 6o Seminário Nacional do GNV, na Casa Firjan, utiliza o Litro de Gasolina Equivalente (LGE) como base de comparação de preço entre os combustíveis comercializados nos postos revendedores. Atualmente, o preço do combustível gasoso é exibido em metro cúbico.

O presidente do SINDCOMB, Manuel Fonseca, os vice-presidentes Antônio Ferreira e João Batista de Moura, e diretoria executiva prestigiaram o evento

MÉTODO CONSIDERA PREÇO E RENDIMENTO ENERGÉTICO
O arcabouço segue o modelo americano GGE, Galão de Gasolina Equivalente, exibido na exposição de preço do GNV nas estações de serviços dos Estados Unidos. O cálculo é feito utilizando o conteúdo energético entregue em um litro de gasolina C como base para gerar o valor equivalente no diesel, no etanol e no GNV. Pela Metodologia LGE são propostos os seguintes fatores de conversão que multiplicam os preços da bomba:

(FONTE: Gerência de Petróleo, Gás e Naval da Firjan)

Segundo o presidente do Sindirepa, Celso Mattos, a proposta LGE nos postos permite comparar os preços dos combustíveis sob a mesma base energética, o que demonstra o ganho real do combustível gasoso ante os concorrentes. A ideia é fazer com que o motorista tenha um ponto de comparação de fácil compreensão.”O desafio é a percepção do consumidor”, ponderou. O modelo de apresentação no posto revendedor é o seguinte:

(FONTE: Gerência de Petróleo, Gás e Naval da Firjan)

GNV, O COMBUSTÍVEL DO PRESENTE
O deputado federal e secretário de Estado de Energiae Economia do Mar, Hugo Leal, disse que o GNV, ao contrário da eletricidade ou do hidrogênio – ‘o combustível do futuro’, é o combustível do presente, com tecnologias desenvolvidas internamente, já consagradas e com um mercado pujante. “O nosso propósito é disseminar o mercado de GNV entre os veículos pesados. Isso é evolução energética”, destacou. 
O parlamentar é o autor do Projeto de Lei no 4861/2023 que inclui o GNV e o biometano no âmbito do RenovaBIO. A coordenadora de Gás da Secretaria de Estado de Energia, Carolina Oliveira, apresentou o projeto dos Corredores Azuis, contendo toda a infraestrutura para postos de GNV ou biometano com alta vazão receberem veículos pesados e impulsionarem o mercado de GNV . “O Estado vem buscando o apoio do governo Federal e envolvendo os principais players no desenho dos corredores sustentáveis nas principais estradas de acesso, como a Avenida Brasil, as rodovias Washington Luís e Presidente Dutra”, informou. Já o diretor-técnico da ANP Fernando Moura comentou que o tema GNV está internalizado no âmbito da agência reguladora e que as ideias apresentadas no seminário serão aceitas.  


Fernando Montera (Firjan), Carolina Oliveira (Seenemar), Giselia Pontes (Naturgy), Marcelo Besteiro (Comgás) e Gabriel Kropsch (ACRJ/Abiogás)

NATURGY PREPARADA

A diretora comercial da Naturgy, Gisélia Pontes, afirmou que a concessionária de gás natural do Estado está preparada para atender os Corredores Azuis:

– São 3.500 caminhões movidos a GNV, que consomem 220 metros cúbicos por dia cada um. O Rio de Janeiro participa com 3,5 milhões de metros cúbicos de GNV, dos 6,5 milhões utilizados no mercado nacional. Nas vias onde estão previstos os Corredores Azuis, a Naturgy entrega combustível para 96 postos revendedores. Destes, cinco estabelecimentos já fornecem o gás para veículos pesados, e nós planejamos dobrar este número até o fim do ano. Estamos 100% estruturados.

A presidente da Naturgy, Kátia Repsold, disse que é preciso levar o mercado de GNV para o que denominou “outro patamar”, que são os veículos pesados, e que a concessionária pretende fornecer gás para 200 novos postos no Estado do Rio de Janeiro. Gabriel Kropsch, vice-presidente da ABiogás, lamentou a existência de oficinas que realizam intervenções amadoras, na sua avaliação, com conversões criminosas no mercado de veículos pesados, bem como equipamentos oriundos de contrabando instalados em postos de GNV. 

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