LAURO JARDIM, O Globo
Apesar do ataque do Irã a Israel no fim de semana, que pode ter como consequência uma elevação do preço do barril de petróleo, a Petrobras não tem qualquer previsão de reajuste nos combustíveis no curto prazo.
Não há, por exemplo, qualquer reunião de diretoria marcada para discutir o assunto até agora.
Na cúpula da estatal, a palavrar de ordem é acompanhar as oscilações do preço do petróleo durante a semana. Por enquanto, a avaliação é que essa movimentação é pequena.
A pressão para um reajuste tem se intensificado nas últimas semanas. De acordo com uma estimativa da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), feita na semana passada, a defasagem do preço da gasolina no Brasil em relação ao cobrado no mercado internacional era de 18% e de 13% no caso do diesel. Pelas contas da Petrobras, a defasagem da gasolina é mais baixa, de 12%.
Diz um dirigente da Petrobras:
— É nessas horas que se deve dar valor à autossuficiência em óleo, à grande capacidade de refino e aos estoques, além das vantagens logísticas e comerciais da Petrobras. A nossa estratégia comercial evita a volatilidade dos ajustes em tempo real bem como a paridade com a importação. Assim, dá para administrar pulos ocasionais de preços, o que no caso atual nem ocorreu ainda, e manter alguma previsibilidade e capacidade de reação para quem trabalha com ou depende de combustíveis diretamente.
No conselho de administração da Petrobras, contudo, há a expectativa de que o tema do reajuste seja discutido nesta semana.
Este ano, o barril de petróleo teve alta de 17%. Na sexta-feira, bateu US$ 90.
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