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Governo do Estado ‘compra a briga’ da Revenda do Rio contra as altas no GNV

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais do Estado, Vinicius Farah, recebeu a Revenda do Rio numa sexta-feira de Carnaval (25/2), para defender o setor contra uma cobrança exigida nos contratos de GNV à concessionária Naturgy. Segundo o presidente eleito do SINDCOMB, Manuel Fonseca da Costa, os operadores de postos com GNV são obrigados a cumprir o chamado “take or pay” , ou seja, a pagar por todo o combustível contratado, tenha ele sido consumido ou não.

– Eu sei o que preocupa vocês. O Governo do Estado e a Secretaria compram a briga do que é justo, e tem uma decisão clara sobre o assunto. Nós fizemos à Agenersa um ofício questionando a exigência da concessionária Naturgy de cobrar dos postos revendedores sobre o produto que não é efetivamente consumido.  A falta da segurança jurídica nos negócios tem custado caro ao Estado,  às empresas e à população – declarou o secretário Farah. O servidor salientou a importância da revenda de GNV para o Estado do Rio de Janeiro e pontuou os “sérios problemas” que a concessionária tem provocado ao setor.

Vinicius Farah comparou o reajuste aplicado pela Naturgy no início do mês de fevereiro, já previsto em contrato, com aquele suspenso no dia 1o de janeiro por liminar judicial impetrada pela Assembleia Legistativa do Estado (Alerj).  “Se o Estado não se manifestasse, o  consumidor de GNV sofreria um aumento que quebraria todos, motoristas, postos e a arrecadação”, complementou. “Nós não compactuamos com essa obrigatoriedade e vamos às últimas consequências. Todos sabem a ausência de entrega dessa companhia nos últimos anos.”

O Rio de Janeiro responde por 62% da produção nacional de gás natural, e possui a maior frota GNV do país, com 1,3 milhão de carros convertidos e mais de 600 postos de abastecimento.

 REUNIÃO DE INTERMEDIAÇÃO

A expectativa é que a agência reguladora promova uma reunião de intermediação para resolver a questão da cláusula de ‘take or pay’. Vinicius destacou que a posição da Naturgy é de monopólio de fato, já que é a única supridora do insumo no Estado do Rio de Janeiro. Neste sentido, todas as suas ações devem passar pelo Poder concedente, que é o Governo do Estado, e pela agência reguladora da atividade, que é a Agenersa.

Numa comparação com as distribuidoras de combustíveis líquidos, o presidente eleito Manuel Fonseca da Costa observou que a cobrança de galonagem mínima é compensada pelos aportes financeiros, de equipamentos e de ações de marketing no estabelecimento. “Ficamos seguros no momento em que o Estado está do nosso lado”, desabafou, lembrando que no ano de 2027 vai acabar a concessão da Naturgy no Estado do Rio de Janeiro.

FOTO: O secretário Vinicius Farah, ao lado do presidente eleito do SINDCOMB, Manuel Fonseca da Costa, diretores e revendedores de todo o Estado, apresenta o ofício enviado à Agenersa 

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