A Copape, de intrigante sucesso no mercado de combustíveis, é alvo de ações da Fazenda de dois estados

LAURO JARDIM, O Globo (21/5/2021)
A Sefaz-Goiás determinou na quinta-feira (20/5), a apreensão de oito carretas que transportavam quase 430 mil litros de gasolina da Copape. A apreensão foi determinada a pedido da Sefaz-São Paulo, que informou ao órgão vizinho que a Copape deixou de recolher ICMS na origem.

E o leitor desse estar se perguntando? Que diabos de Copape é essa?

É uma empresa que intriga a todos que olham com lupa do setor de distribuição de combustíveis no Brasil.

Nove meses atrás, a Petrobras liderava o ranking paulista, seguida da Refit e, em 15º lugar, aparecia a desconhecida e desimportante (até então) Copape. Os meses se passaram e a Copape avançou várias casas. Em fevereiro, a distribuidora já brigava pela vice-liderança com a Refit.

E quem é o empresário por trás desse fenômeno? Ninguém sabe. Sua assessoria informa apenas que são dois os donos, mas que eles preferem manter-se anônimos.

Eles compraram a Copape em junho de 2020. A Copape vendia, então, 1 milhão de litros por mês. Hoje, vende cerca de 150 milhões.

(Atualização, às 20h20: A assessoria de imprensa da Secretaria da Economia de Goiás encaminhou a seguinte nota:
“1- A operação não foi realizada a pedido da SEFAZ/SP, mas pela Secretaria da Economia de Goiás.
2- É fruto da constatação de descumprimento de obrigações tributárias (inclusive omissão de pagamento de ICMS) previstas na legislação goiana verificadas pelo monitoramento realizado pelo fisco de Goiás por meio da Gerência de Combustíveis da Subsecretaria Estadual.
3- No curso dos trabalhos também foram obtidas informações de falta de pagamento de ICMS para o Estado de São Paulo por parte dos contribuintes envolvidos na comercialização do combustível objeto da ação fiscal, mas a operação teve início com o fisco goiano.”)

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