CLEIDE CARVALHO, O Globo
A força-tarefa do MPF em Curitiba denunciou à Justiça o empresário por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo os procuradores, entre 2007 e 2012, o empresário Humberto do Amaral Carrilho pagou cerca de R$ 1,7 MI em propinas ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa para que ele beneficiasse empresas do grupo Dilub Equador.
Uma das empresas de Carrilo, a Terminais Fluviais do Brasil, foi contratada sem licitação para fazer movimentação e armazenagem de produtos em terminal fluvial, no valor de R$ 197,7 milhões, até 2022. O grupo ficou ainda responsável pelas obras do terminal fluvial de Itacoatiara (AM), que atrasaram um ano e só ficaram prontas em março de 2013. Com o atraso, a empresa foi beneficiada com a assinatura de um aditivo contratual, que elevou o valor do contrato para R$ 265,5 milhões.
Os pagamentos para Paulo Roberto Costa, que se tornou delator da Lava-Jato, foi feito por meio da consultoria Costa Global, com contratos falsos de prestação de serviços.
O MPF apresentou como provas mensagens e compromissos localizados na caixa de e-mail de Paulo Roberto Costa. O empresário é ainda investigado e suspeito de ter envolvimento com pagamentos de propina a políticos do PP, que era representado na Petrobras justamente por Costa.
Carrilho foi alvo da 29ª fase da Operação Lava Jato e teve prisão temporária decretada. Chegou a ser considerado foragido porque estava em viagem fora do Brasil. Empresário do setor de combustíveis de Recife, dono da Distribuidora Equador, ele teria procurado Costa entre 2008 e 2009 para apresentar projeto de construção de um Terminal de Derivados no Rio Amazonas, em Itacotiara. O contrato foi firmado e Costa admitiu ter recebido valores do empresário até fevereiro de 2014 em função do acerto.
https://oglobo.globo.com/brasil/empresario-de-recife-denunciado-por-pagar-propina-ex-diretor-da-petrobras-24507466
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