A diretora executiva de Refino e Gás Natural da Petrobras, Anelise Lara; Luiz Carvalho, analista sênior do Banco UBS; e Felipe Pérez, estrategista na IHS Markit, participaram da webinar promovida pelo portal EPBR nesta terça-feira (19//5).
Para a executiva, os tributos, a logística, transparência e competição, o combate às fraudes no mercado e às fraudes fiscais devem permear a abertura do mercado no downstream, com a ANP assumindo um papel fundamental. – Minha preocupação é termos uma agência reguladora com recursos humanos e materiais preparada para esse novo mercado.
A engenheira calcula que a retomada das vendas de combustíveis nas refinarias voltará aos padrões pré-crise até o fim do ano. – Começamos a sentir a queda no final de março. Em abril percebemos uma redução drástica, com o querosene de aviação baixando 90%. A demanda do diesel caiu 50%, mas agora está a 25%; e da gasolina, 65%, mas está agora menos 25% a 30%.
Anelise confia que o petróleo ainda será um dos principais motores da matriz energética mundial pelos menos para os próximos 20 anos, apesar do incentivo a outras fontes de energia. Projeta o preço do barril a US$ 30 para o curto prazo em razão do grande estoque mundial; e um cenário de US$ 50 o barril, na analise do médio prazo.
Competição sem benesses
O pleito das usinas de cana pelo aumento da CIDE por causa da baixa do petróleo não se justifica, segundo a diretora, para quem os setores econômicos devem ter menos incentivos. O mercado precisa ser eficiente para poder sobreviver nos tempos bons e ruins. A opinião de Luiz Carvalho é a mesma: Para ele, agora já não se precisa mais da CIDE, porque o preço da gasolina aumentou. – Há que ter menos paixão nessas discussões. O especialista Felipe aposta na manutenção da demanda pelos derivados de petróleo no Brasil, apesar de a matriz energética brasileira ser múltipla.
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