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A temperatura sobe nos postos de combustíveis do Rio

Assessoria de Comunicação SINDCOMB

Com um mês de crise provocada pela disseminação da Covid-19, o cenário para os postos de combustíveis do Rio é caótico. Os revendedores que têm mais fôlego estão priorizando a manutenção dos empregos em suas redes de postos. Preocupados com o caos social, esses varejistas baixaram ao limite todas as despesas para priorizar os seus trabalhadores. Já os donos de um ou dois postos não estão conseguindo manter as suas equipes.

A queda brutal nas vendas é sentida por todos, não importa o bairro. Na Zona Sul e na Tijuca, as vendas se limitam a 15% da média mensal para os meses de março e abril, tanto na comparação com os meses imediatamente anteriores, quanto sobre os mesmos do ano anterior. Já nos bairros da Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes, o movimento nas bombas está a 30% do normal para os dois últimos meses. Nos bairros menos favorecidos economicamente, as vendas estão em 45% das médias anteriores.

O dono de uma das principais redes de postos do Município tenta segurar os seus empregados, muitos dos quais o acompanham há muitos anos, todos treinados e talhados para formar a sua equipe.  “Mas já não sei por quanto tempo vou aguentar”, desabafou.

“O posto de gasolina será um dos primeiros a se recuperar”

Empresário do ramo há 45 anos, o dono de uma rede de postos localizados na Tijuca e na Zona Norte afirma vier um momento sem precedentes. Otimista, o comerciante diz que o setor será privilegiado quando a doença se dissipar. Ele entende que os clientes vão retomar com cautela as ruas, evitando os transportes públicos por causa das aglomerações, e optando, assim, por tirar seus carros das garagens.

Filho, sobrinho, primo e tio de donos de postos no Rio de Janeiro, o revendedor de um estabelecimento na Tijuca foi definitivo: “A gente se arrasta até este mês de abril. Depois disso não há mais definição”. Outro, também tradicional na Cidade e com um só posto, reduziu ao máximo o quadro de empregados, mas decidiu manter a operação 24 horas. “Este é um serviço de utilidade pública, e eu não posso limitar o atendimento”, entende ele. Sem ter tentado negociar com a sua distribuidora até o momento, o empresário foca na negociação de parcelamento das faturas com os seus fornecedores de produtos e serviços.

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