Futuro do setor de petróleo em meio à crise do coronavírus em debate
BRUNO ROSA, O Globo
A crise gerada pela pandemia vai atrasar a abertura do mercado de gás e impedir a concorrência no setor de refino. Essas foram as principais avaliações do debate promovido nesta segunda-feira pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) com o ex-diretor-geral da ANP, Décio Oddone, e Jorge Camargo, ex-presidente do IBP.
Desde que o coronavírus ganhou força no mundo, o preço do barril do petróleo despencou para US$ 30, no menor patamar em vinte anos, afetando petroleiras em todo o mundo. Assim, a Petrobras já anunciou queda de investimentos, a intenção de cortar o salário de parte de seus funcionários e o corte de produção.
— A crise vai afetar todas as conquistas. Por isso, o desafio é não retroceder na regulação. Não podemos perder as conquistas. Haverá também um recuo dos investimentos em energia renovável, com o petróleo mais barato – disse Oddone.
Camargo citou ainda as perdas no setor de etanol. Para ele, a cadeia produtiva do etanol, de um milhão de pessoas, vai sofrer com com o petróleo abaixo dos US$ 40. Quanto menor o preço da gasolina, menos vantajoso é o etanol.
— O setor vai sofrer. A abertura do mercado de gás e do refino vai ser difícil neste momento. É o que se vai pagar pela crise — destacou Camargo.
https://oglobo.globo.com/economia/futuro-do-setor-de-petroleo-em-meio-crise-do-coronavirus-tema-de-debate-no-cebri-24354025
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