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OS PRIMEIROS EFEITOS DA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS NOS POSTOS REVENDEDORES DO RIO DE JANEIRO

A derrubada do movimento nos postos de combustíveis começou a ser sentida já neste sábado (14/3), 72 horas depois que a Organização Mundial de Sáude (OMS) decretou como pandemia mundial a disseminação do novo coronavírus (COVID-19)

Em menos de uma semana, os postos da Cidade do Rio de Janeiro amargam uma redução média de 50% nas vendas dos combustíveis líquidos e do GNV. Aqueles localizados na Zona Sul da cidade estão sofrendo o maior impacto, já que concentra consumidores que têm mais condições de trabalhar remotamente, em casa. A diminuição chega aos 65%. Nos estabelecimentos de alguns bairros da Zona Norte, no entanto, o tombo foi menor, em torno dos 20%, pois em regiões mais humildes os serviços demandam a presença física do funcionário.
Em áreas da cidade com menor movimento normalmente, como o Alto da Boa Vista, a queda chegou a 70%. Os postos GNV estão sentindo a ausência dos motoristas de táxi e de aplicativos, e computam redução maior que 50%, indistintamente, em todas as regiões da Cidade.
De outra forma, alguns postos da Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, registraram uma pequena reação positiva nesta semana, tanto nas pistas quanto nas lojas de conveniência. Os revendedores calculam que o morador da Barra está evitando utilizar os ônibus de seu condomínio, assim como os BRTs e o Metrô, preferindo tirar o seu carro da garagem, como forma de preservação contra a contaminação.  Assim, os moradores que vivem só ou com família pequena têm preferido as lojas de conveniência. A reação, no entanto, é calculada em, no máximo, 10%.

Medidas de sobrevivência
Algumas medidas já estão sendo tomadas, em caráter emergencial, pelos revendedores cariocas. Entre as ações estão a antecipação de férias, sobretudo aos empregados que moram em regiões distantes do posto, e que, portanto, se expõem mais à doença por serem obrigados a viajar por trajetos mais longos e ou terem que utilizar vários modais. Outra ação é o encerramento das atividades às 20 horas, já que os estabelecimentos são obrigados pela agência reguladora da atividade a manter os serviços funcionando das 6 horas até aquele horário. A economia vai da energia elétrica às despesas com empregados no horário noturno, embora aumentem os gastos com segurança patrimonial. Já não está havendo reposição de empregados que são demitidos.

Expectativas sombrias
Os revendedores consultados têm as piores expectativas para as próximas semanas, e para o mês de abril. A explicação está nas medidas restritivas que a cada dia são divulgadas e publicadas nos diários oficiais das três esferas. (Kátia Perelberg)

 

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